Dança do Universo

Dança do Universo

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

ARCO - IRIS


…A luz azul entrou devagarinho pelo chacra da coroa e foi iluminando todo o interior do corpo de um azulado tipo névoa…recordo-me de chegar até à zona dos joelhos e quando aí chegou, visualizei que do meu pé esquerdo cresciam raízes que entraram pela terra adentro e encontraram um riacho subterrâneo e a energia que subia era prateada e fresca.
Do meu pé direito cresciam raízes que entraram profundamente na terra e encontraram um rio de lava e a energia que subia era quente e dourada.
Assim, com a energia da água e do fogo da Mãe Terra e a energia azul do Pai Celeste, transformei-me num ser de luz começando a rodopiar no Universo estrelado.
Foi pedido para irmos para o alto da montanha... Quando lá chegasse-mos deveríamos perguntar ao nosso Eu Superior qual era o Poder que utilizávamos no nosso dia a dia. Se dominávamos os outros ao tentar impor sempre a nossa vontade, etc…
Ainda não tinha terminado a pergunta já a resposta soava bem clara na minha mente: “Deus”!
Fiz a pergunta novamente pois a voz era tão subtil que duvidei por uns minutos que fosse essa a resposta e sim fruto dos meus pensamentos.
Tornei a ouvir novamente a palavra “Deus”, 2 vezes seguidas.
Estava eu de joelhos, a olhar para o alto, a sentir uma alegria e um amor imenso por tudo o que me rodeava e vieram logo dois passaritos poisaram em ambas as mãos…pareciam 2 pardais…como que por magia, fiquei rodeada por vários animais…ratos, gatos, um leopardo, e muitos animais do bosque…só alguns é que apareciam com nitidez… um esquilo saltou para o meu regaço e ficou ali a dormir, enroscado, enquanto os outros saltavam à minha volta e comunicavam comigo…parece que todos queriam falar ao mesmo tempo…todos queriam miminhos e festas… tudo era harmonia, interagiam uns com os outros sem medo, com amor e muita ternura…
Os animais e as árvores repousam no SER.
Cada planta, cada animal são completos em si mesmo, não se dividem, não precisam de se afirmar, como os humanos o fazem….
Sentir que fazemos parte do todo, é sentir o amor!
- Fiquei em contemplação e agradeci por tanta beleza e amor … rosas brancas, grandes, meio por abrirem, com pétalas de aura rosada…caíam do céu, como gotas de água…
Pensei: - faltava o reino Vegetal…a montanha simbolizava o mineral….


Um arco-íris apareceu na minha frente, ligando a montanha à pradaria… as cores eram lindíssimas e não tinha mais de 50 cm de largura.
Entrei no arco-íris e os animaizinhos vinham todos em fila indiana atrás de mim…
Ao chegar a meio, voltei-me para trás e fui beijar a cabeça de uma cobra que se elevou ca. de 40 a 50 cm para receber o meu beijo…
Reparei que todos os outros animais pararam para me deixar passar pois o arco-íris era estreito… recomeçamos a nossa caminhada e eu continuava à frente e eles atrás…

Depois de atravessarmos o arco-íris, chegámos a um prado lindíssimo com uma floresta ao longe…voltei-me para os bichinhos e disse-lhes que já podiam ir para as suas tocas e para a floresta…


Quando me despedi, apareceu uma casa em madeira na minha frente com janelas sem vidros e cortinados brancos a esvoaçar… à porta estava um idoso vestido de branco, magro, com barba e longos cabelos brancos que me abraçou…
Abri a porta e entrei uma sala não muito grande com uma grande sol amarelo laranja que girava na minha frente. A luz era oval, do meu tamanho e estava dentro da parede como se fosse um nicho.
Entrei na luz e ali fiquei, aninhada como se estivesse dentro de um útero pois os meus pés ficaram à altura da cabeça, em posição fetal mas sem se tocarem … a luz não era quente nem fria…saí lá de dentro e sentei-me a meditar, dentro da meditação, em frente à luz espiral que ia rodando, rodando, ficando toda iluminada…quando acabei a meditação, abri a porta para sair e reparei que os bichinhos estavam lá fora à minha espera, junto ao arco-íris...
Despedi-me mais uma vez e regressei pelo mesmo caminho, de volta à montanha…
Quando lá cheguei, senti que tinha acabado mas ainda não estava na hora de regressar e fui abraçar o choupo, o pássaro vermelho, o Rubi…e ao olhar para o meu lado esquerdo, de costas para o prado onde tinha estado, avistei uma planície lindíssima, com vales verdejantes…riachos e um céu azul rosa…
Era a 1ª vez que via com nitidez as paisagens que rodeavam a montanha pois só vejo o que está de frente quando medito …já desci lá abaixo várias vezes pela escada até ao riacho…mas mesmo assim também só vejo o que está bem perto…nunca o que está na linha do horizonte…
Agradeci, respirei fundo e regressei!